Dr. Victor Emmanuel – Neurocirurgião

A crise de ansiedade é uma condição que nos bombardeia de sentimentos desconfortáveis. Tristeza, angústia e medo são as principais sensações. Suposições não racionais também são comuns. É como se o cérebro produzisse fake news.

A última afirmação confirma que a ansiedade afeta o cérebro. Mas antes de explicar como, vamos entender mais um pouco sobre o assunto?

Ansiedade – o que é?

A ansiedade é uma resposta do nosso corpo ante uma situação de estresse. Essa resposta é natural e bastante útil em algumas circunstâncias. 

Porém, a doença começa a ganhar contornos quando esse estado emocional se torna desproporcional à situação e o período entre eles diminui. 

Quando os sinais começam a atrapalhar a rotina e impedem a pessoa de realizar tarefas básicas, indica que a ansiedade exige tratamento.

A condição afeta o cérebro de forma que a amígdala cerebral produz uma reação exagerada, causando um desequilíbrio de serotonina e a liberação desmoderada de adrenalina, responsável por desencadear sintomas físicos, como:

  • Suor frio;
  • Mãos trêmulas;
  • Visão turva;
  • Pensamentos embaralhados.

Tratamentos e profilaxia

Existem três tipos de tratamentos para a ansiedade. Dentre eles, um médico profissional indicará o melhor de acordo com particularidades do paciente.

O primeiro tratamento é feito à base de medicamentos prescritos como ansiolíticos e antidepressivos. Outra possibilidade é a realização de psicoterapia, com psicólogos ou psiquiatras. Já o terceiro método é a junção dos outros tratamentos: medicamentos + consultas psicoterápicas. 

A profilaxia para ansiedade é o cuidado diário com o cérebro. Parece estranho dizer, já que normalmente sentimos que o cérebro é quem cuida de nós. Mas não! 

A atenção com o cérebro pode ser dado através de cuidados diários, como:

  • Manter uma dieta balanceada: a falta de nutrientes necessários envolvidos na formação de hormônios, como serotonina, propiciam a desregularização de neurotransmissores.
  • Sono regular: o sono restaura o mecanismo do cérebro que controla as emoções, abaixando a reatividade emocional e fisiológica.
  • Prática de exercícios físicos: os exercícios físicos contribuem para maior produção de endorfina e regularizam os níveis de adrenalina e serotonina.

Efeitos que a ansiedade pode causar a longo prazo

Além dos sintomas presentes durante a crise de ansiedade, essa condição pode trazer problemas futuros como dermatite atópica emocional, doenças cardiovasculares, burnout, entre outros.

Os efeitos a longo prazo evidenciam ainda mais a necessidade de procurar ajuda profissional em caso de ansiedade e outras condições psíquicas. Por isso, na presença de sinais da doença, procure um médico especializado.

Confira também em nosso blog o artigo “Dor e depressão: compreenda a relação e descubra como melhorar”.

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