A Mielopatia Cervical é uma condição médica que representa uma causa significativa de disfunção medular em adultos, particularmente em pacientes com alterações degenerativas na coluna cervical.
Esta patologia apresenta um perfil clínico diversificado, com diferentes formas de progressão e áreas de comprometimento, contribuindo para uma variedade de quadros clínicos observados nos pacientes.
Pesquisas recentes indicam a importância de abordagens cirúrgicas eficazes no tratamento da Mielopatia Cervical, especialmente em casos graves.
Por isso, neste artigo vou mostrar o que é a Mielopatia Cervical, quais são as suas causas, principais sintomas e os tratamentos mais adequados para cada tipo de caso. Boa leitura!
O que é a Mielopatia Cervical?
A Mielopatia Cervical é uma condição médica que resulta da compressão da medula espinhal na região cervical da coluna vertebral, que pode ser causada por uma variedade de fatores, incluindo alterações degenerativas da coluna, como osteófitos, hipertrofia das facetas articulares, hérnias discais e estenose espinhal.
Estas alterações podem levar à compressão direta ou indireta da medula espinhal, resultando em uma série de sintomas neurológicos.
Clinicamente, essa condição é caracterizada por uma variedade de sintomas neurológicos, que podem incluir espasticidade, hiperreflexia, reflexos patológicos, perda de destreza manual, distúrbios de marcha e disfunção de esfíncteres.
Estes sintomas refletem o comprometimento da função da medula espinhal e podem variar em gravidade dependendo do grau e da localização da compressão.
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Quais as causas da Mielopatia Cervical?
A causa mais comum da Mielopatia Cervical é a degeneração relacionada à idade das estruturas da coluna cervical. Isso inclui o desenvolvimento de osteófitos, hipertrofia das facetas articulares e estenose espinhal, que podem comprimir a medula espinhal.
As hérnias discais na coluna cervical também podem levar à compressão da medula espinhal. Elas ocorrem quando o material do disco intervertebral se projeta para fora de seu espaço normal, pressionando a medula espinhal ou as raízes nervosas.
Lesões como as causadas por acidentes automobilísticos, quedas ou esportes, podem resultar nessa condição. Afinal, estes traumas podem causar fraturas ou deslocamentos que comprimem a medula espinhal.
Além disso, condições inflamatórias como artrite reumatoide podem afetar a coluna cervical, levando a alterações que podem comprimir a medula espinhal.
Vale dizer também, que algumas pessoas nascem com estenose congênita do canal cervical, o que as torna mais suscetíveis ao desenvolvimento de Mielopatia Cervical, especialmente se houver fatores adicionais de compressão medular.
Principais sintomas
Os pacientes frequentemente apresentam espasticidade, que é um aumento do tônus muscular levando à rigidez e à dificuldade de movimento.
Pode haver também fraqueza nos membros, principalmente nas mãos e braços, afetando habilidades motoras finas, como escrever ou abotoar uma camisa. Os reflexos tendem a se tornar exagerados, e podem surgir reflexos patológicos, como o sinal de Babinski.
Muitos pacientes relatam dor no pescoço, que pode irradiar para os braços ou mãos. Além da dor, podem ocorrer sensações anormais, como formigamento, dormência ou sensação de choque elétrico, especialmente ao flexionar o pescoço.
Estes sintomas são associados à compressão dos nervos que saem da medula espinhal. À medida que a condição progride, os pacientes podem experimentar dificuldades de coordenação e equilíbrio, resultando em uma marcha instável ou cambaleante.
Em casos mais avançados, a dificuldade em caminhar pode se tornar mais acentuada, exigindo o uso de dispositivos de auxílio, como bengalas ou andadores.
É importante ressaltar que esses sintomas podem variar significativamente entre os indivíduos e evoluir ao longo do tempo. Por isso, o diagnóstico precoce e o tratamento são cruciais para mitigar os sintomas e prevenir a progressão da doença.
Diagnóstico da Mielopatia Cervical
Em primeiro lugar o médico vai investigar o histórico do paciente, focando em sintomas como dor no pescoço, fraqueza nos membros, alterações na coordenação e na marcha, e sensações anormais como formigamento ou dormência.
Os exames de imagem são cruciais para confirmar o diagnóstico de Mielopatia Cervical e para entender a extensão e a localização da compressão da medula espinhal.
A ressonância magnética (RM) é o exame mais utilizado, pois fornece imagens detalhadas da medula espinhal e das estruturas adjacentes.
Em alguns casos, a tomografia computadorizada (TC) também pode ser realizada, especialmente quando a RM não é indicada ou para avaliar melhor as estruturas ósseas.
Há também situações em que podem ser necessários exames complementares para avaliar a função neurológica mais detalhadamente.
Isso pode incluir estudos de condução nervosa e eletroneuromiografia (ENMG), que avaliam a integridade e a função dos nervos periféricos e dos músculos.
Tratamentos para a Mielopatia Cervical
Para casos leves a moderados, o tratamento conservador é frequentemente adotado. Este método foca na gestão da dor e na melhora da função motora, e inclui fisioterapia para fortalecer os músculos, melhorar a flexibilidade e a mobilidade da coluna cervical.
A medicação anti-inflamatória e analgésica pode ser prescrita para aliviar a dor e a inflamação. Orientações sobre a modificação de atividades diárias são dadas para evitar movimentos que possam agravar os sintomas.
Em alguns casos, o uso de colares cervicais para imobilização temporária pode ser recomendado para alívio dos sintomas.
Nos casos em que os sintomas são graves, progressivos ou não respondem ao tratamento conservador, a cirurgia pode ser considerada.
As opções cirúrgicas incluem procedimentos de descompressão, que visam remover ou aliviar as estruturas que estão comprimindo a medula espinhal. A fusão espinhal pode ser realizada para estabilizar a coluna após a descompressão.
Em algumas situações, pode-se realizar a corpectomia ou discectomia, que envolve a remoção de uma ou mais vértebras ou discos intervertebrais para aliviar a pressão sobre a medula espinhal.
Após qualquer forma de tratamento, o acompanhamento regular e a reabilitação são fundamentais para monitorar a progressão da doença, avaliar a eficácia do tratamento e maximizar a recuperação funcional do paciente.
No entanto, é crucial ter um diagnóstico preciso de um médico especialista para avaliar o seu caso de forma personalizada, e eu Dr. Victor Emmanuel, terei um enorme prazer em avaliar o seu caso e propor o melhor tratamento possível. Marque uma consulta!